Se um dia, nos mares altos da alma viajante,
Me perguntarem o que é ser mãe,
respondo enquanto homem:
Ser mãe é ser porta e janela,
conduta e trilho andante.
É ser voz e espelho, de um rosto que se eterniza,
não nas imagens, mas nos enquadramentos do próprio tempo.
Ser mãe, é ser um pedaço de um corpo,
e no dia seguinte acolher um corpo em pedaços,
juntá-los novamente, e fazer-lhes entender o que é a Vida.
Ser mãe, é um passatempo da felicidade,
que se ocupa das pessoas que entendem o que é amar,
sem que com isso se importem com os pregos
(que a inconsciência lhe crava).
Ser mãe é mais…é mais que uma soma das variantes,
ou mais que uma cara de teimosias variadas.
Hoje, como ontem,
ser mãe é entender que as letras de um nome,
Perpetuam a sua essência,
e os olhares a sua existência,
com a mais genuína admiração,
sem que para isso,
Precisem mais do que um simples chamar deleitoso:
- Anda, Filho. Caminha. (Como eu sou).
E eu respondo: Obrigado, Mãe.